Saiu recentemente um estudo do Banco Mundial apontando que o prêmio salarial do setor público a nível federal é de 96%. Em outras palavras, servidores federais ganham praticamente o dobro do que profissionais semelhantes no setor privado. Um comentário recorrente para quem acompanhou as notícias era que “não é o setor público que paga bem,...
Author: Alex da Matta
Capital humano e desenvolvimento: uma provável relação de precedência temporal
Uma ideia relativamente antiga é a de que a educação possa ser um facilitador para a adoção de novas tecnologias. Segundo o modelo proposto por Nelson e Phelps em 1966, a disponibilidade de capital humano poderia tornar o processo de adoção de tecnologia pelas firmas mais barato, permitindo que os países bem educados em relação...
A economia das mudanças climáticas
Trecho retirado de “Microeconomia”, de Robert Pindyck e Daniel L. Rubinfeld. As emissões de dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa aumentaram drasticamente ao longo do último século à medida que o crescimento econômico veio acompanhado pelo uso intensivo de combustíveis fósseis que, por sua vez, levou ao aumento na concentração atmosférica de...
A Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos pressupõe que empresários e trabalhadores sejam estúpidos
Os economistas clássicos e neoclássicos (1870-1930) achavam que uma expansão monetária afetava apenas as variáveis nominais (preços, salários), e não reais (consumo, investimento, juro, etc). A explicação para isto partia de uma abordagem de equilíbrio geral walrasiana. Na economia clássica, os indivíduos vinham ao mercado com certas dotações de bens e serviços, que podiam ser...
Como as expectativas de inflação afetam a inflação?
Para afetar variáveis como inflação e desvio do produto, o Banco Central não lida apenas com movimentos de oferta e demanda agregada, mas também com as expectativas dos agentes. As pessoas acham que a inflação vai aumentar ou diminuir? Que diferença faz no resultado final? A variação das expectativas de inflação pressiona a inflação na...
O que a economia mainstream tem a dizer sobre política industrial?
O melhor argumento microeconômico para uma política ativa (proteção, subsídio) é o das economias externas de escala e aprendizado. As firmas de um setor podem se tornar mais produtivas quando atuando em conjunto, seja por aumento da escala de produção ou com o aprendizado mútuo. Marshall notou isso ao estudar os distritos industriais na Inglaterra:...
Como fazer a indústria brasileira crescer pelo motivo certo?
Nosso site já criticou diversas vezes medidas setoriais de estímulo e proteção para a indústria. Nossa preferência, na grande maioria das vezes, é por políticas horizontais ao invés de verticais, dada a dificuldade técnica de se mensurar externalidades positivas e/ou problemas de coordenação, os quais, de fato, poderiam justificar medidas mais específicas. Também já comentamos...
A importância da poupança para a composição setorial
Um fato estilizado da economia é o seguinte: países que poupam mais também têm uma participação relativamente maior de setores intensivos em capital físico no PIB (manufatura, mineração e utilidades). O motivo provável envolve a boa e velha vantagem comparativa. Como aprendemos no modelo neoclássico de comércio internacional, os países tendem a produzir e exportar...
O milagre coreano
Entre 1961 e 1997, a economia coreana apresentou taxas absolutamente impressionantes de crescimento econômico, marcadas por uma melhora brutal no padrão de vida da população e um enorme aumento na participação do país no comércio global. Este período é conhecido como o Milagre do Rio Han. Apesar do que dizem, a economia mainstream não tem...
A importância dos acordos comerciais para o crescimento
Quanto menor e mais pobre é um país, mais ele ganha, em termos de desenvolvimento tecnológico e crescimento econômico, ao se envolver em acordos de livre-comércio com parceiros maiores. É o que indica o modelo de mudança tecnológica endógena do Paul Romer, que foi laureado com o Nobel em 2018. A inovação é um custo...