Desde 1953, ano do fim da Guerra das Coreias, o povo sul-coreano trabalhou mais, investiu mais e se educou mais (e melhor) do que nós. É impossível entender o sucesso da experiência sul-coreana em relação à brasileira sem atentar para estes fatos, que foram traduzidos pelo nosso site em três gráficos, mostrados abaixo:
1) Média de horas trabalhadas por pessoa empregada
Nesses mais de 60 anos, cada coreano trabalhou em média muito mais que cada brasileiro. A média de horas trabalhadas lá hoje é bem menor, mas ainda corresponde ao nosso máximo (lá pela década de 60).
2) Estoque de capital físico por trabalhador
Os coreanos acumularam capital físico mais rapidamente que nós, devido às suas altas taxas de poupança e investimento. Eles se abstiveram de consumir no presente para serem recompensados por essa poupança/investimento no futuro. Eles são as formigas e nós as cigarras. Vale lembrar que tivemos décadas de inflação alta, quando não hiperinflação. Talvez isso explique parte dessa propensão cultural a poupar pouco.
3) Índice de capital humano
Este índice leva em conta os anos de escolaridade e o retorno educacional (este último geralmente avaliado pelo desempenho dos alunos em exames internacionais). De lá pra cá, enquanto gastávamos rios de dinheiro construindo uma capital no meio do nada quando tínhamos metade das crianças fora da escola, os coreanos se educaram exemplarmente. Hoje eles têm uma alta taxa de escolaridade e estão sempre entre os primeiros nas avaliações do PISA. Nós não vamos bem em nenhuma das coisas (apesar de estarmos melhorando desde a redemocratização).
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